sexta-feira, 2 de julho de 2010

“DESASTRE” SÃO ROTINA!!

Bom, caros colegas verdes, começo dizendo que cenas dramáticas, que sem grande exagero poderiam ter-se verificado na recente catástrofe do Haiti, ocorrem Pernambuco e Alagoas, depois das chuvas das últimas semanas. Em Palmares, a 129 km de Recife, dezenas de pessoas reviram o lodo em busca de comida. Digo que a cidade, de 59 mil habitantes, só conta com um ponto de abastecimento de água potável. Isto é lamentável. Ok. Falo que em União de Palmares, a 80 km de Maceió, as Ruínas são seqüelas durante a noite, disputa-se fisicamente a posse de coisas com um simples botijão de gás. Infelizmente é muito triste. Ok? Totalmente destruída, a cidade de Branquinha (AL) haverá de ser simplesmente refundada em lugar mais alto, se vingarem os planos da Prefeitura local. Ok? Pertences dos desabrigados de Pernambuco e Alagoas, de computadores a álbuns de família, são encontrados nas praias da Paraíba, ok? Há mais ou menos 154 mil desabrigados. Falo que catástrofes naturais ocorrem em toda parte, e não há como prever de modo absolutamente confiável a sua grau de violência, ok? Nem tudo era imprevisível, todavia, na tragédia nordestina. Portanto, falo que Quebranculo, Moreno, Escada e Primavera, desde 2003, essas cidades sofrem pela terceira vez com as enchentes de inverno. Trinta por cento das cidades agora afetadas já enfrentaram o mesmo problema nos últimos sete anos, ok? Mesmo assim, pelo menos 15 das cidades alagoanas atingidas pelas chuvas não contavam com órgãos de defesa civil. Muito triste, ok? Falo que o estado de Pernambuco não dispõe de radar meteorológico, tornando-se impossível identificar com antecedência o local preciso de uma tempestade, ok? Foi, em todo caso, pelo aviso dos sinos de uma igreja que os habitantes de Barreiros (PE) puderam refugiar-se, horas antes do desastre. Bom, eu falo que seria excessivo acusar de demagogia eleitoral a visita feita pelo presidente Lula aos municípios atingidos. Liberam-se verbas agora, com máxima urgência para os estados de Pernambuco e Alagoas, não poderia ser outro o comportamento das autoridades. Ok? Concluo que poderia ter sido outra, contudo, a atitude do governo federal quando decidiu alocar em único estado, a Bahia, quase metade das verbas destinadas a prevenir catástrofes desse tipo. Só para lembrar, ok? A frente do Ministério responsável pela decisão estava o peemedebista Geddel Vieira Lima, candidato ao governo baiano nas próximas eleições, ok? De 2003 a 2009, a Bahia registrou mais ou menos 431 casos de emergência devidos a circunstância climáticas. Foram 542 em Pernambuco, que recebeu, em 2009 menos de 4% dos recursos federais de prevenção, conta os mais de 48% destinados a Bahia. Alagoas nada recebeu. Já não era muito em todo caso, R$ 70 milhões estavam reservados para situações desse tipo no orçamento. Defino dizendo que entre lágrimas e vivas, o presidente Lula agora anuncia R$ 550 milhões para a recuperação das cidades devastadas.
Minha reflexão, é que nas enchentes do Nordeste, o que há de imprevisto em toda catástrofe natural não esconde as conhecidas omissões do poder público, ok? Defino dizendo que de normas para a preservação ambiental a plano racionais de ocupação urbana, é, entretanto incalculável o quanto há a ser feito, em qualquer estado do país, para o imprevisível não faça parte, como hoje, da mais cruel rotina. Ok? PENSEM MUITO, AS ELEIÇÕES VEM AÍ.

Adalberto do E. S. Alves – professor e pedagogo – 02 de junho de 2010

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