segunda-feira, 26 de julho de 2010

A OVERDOSE DO CASO BRUNO!!!!

Bom, começo dizendo que não tem jeito basta ocorrer um crime fora dos padrões envolvendo gente famosa e ou de classe média e alta para que a mídia aproveite o exagero na dose o máximo que puder. Calhou de, ao mesmo tempo, termos dois casos nessa linha, envolvendo o assassinato de Mércia Nakashima e o desaparecimento de Eliza Samúdio. Porque as emissoras de Tevê não se limitam a dar informações quando, de fato, há alguma novidade a respeito? Mas não, preferem montar um circo de horrores baseado, principalmente, na repetição. Vemos as mesmas informações várias e várias vezes, prática na qual o José Luiz Datena, no “Brasil Urgente” da Band, é especialista. Tudo em nome da audiência, obviamente. Digo que, domingo passado foi um exagero. O Global “Fantástico” dedicou cerca de 40 minutos ao “Caso Bruno”. Parecia o finado “Aqui e Agora”. E o “Domingo Espetacular” da Record, também não fugiu a regra. Em relação à Globo, porém, a tática não funcionou dentro do esperado, pois a audiência do Fantástico não decolou, tendo média de 24 pontos. Bem feito! Outro detalhe: nessa overdose policialesca, há uma figura que costuma ganhar enorme e desnecessária exposição: a dos advogados, tudo bem que é preciso ouvir as duas partes, porém precisa ir atrás deles a todo o momento. Isso faz com que sejamos “presenteados” com um festival de boçalidades, representado no momento por Ércio Quaresma, que defende Bruno, Macarrão e Companhia. Concluo dizendo que “A mãe dela (Eliza) abandonou em terna idade... o pai dela é estuprador. Ela era atriz pornô, trabalhava em produções pornográficas, era profissional do sexo, disse ele, como se o histórico de vida da moça justificasse alguma coisa nesse caso escabroso. Defino dizendo que falando de alguém que não tem como mais se defender, ok? Minha reflexão é que ,neste contexto, mais uma vez o excelente “Profissão Repórter” da Globo, aparece como exceção; a edição de terça-feira enfocou a cobertura do “Caso Bruno”, fazendo uma comparação com crimes terríveis ocorrido na periferia de grandes cidades, que ganham no máximo uma nota de rodapé de página no noticiário. Defino dizendo que como pobre não dá ibope, melhor deixar pra lá. Ok?. . PENSEM NISSO!

Adalberto E. S. Alves – professor e pedagogo – 26 de julho de 2010.

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