quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CRESCE A PRECOCE DESILUSÃO POLÍTICA!!!

Começo dizendo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os números do eleitorado brasileiro, e total de votantes, 135,8 milhões, o coloca entre os maiores do mundo, em países em regime democrático. Houve um aumento de 7,8% em relação ao pleito presidencial de 2006, e as mulheres, confirmado o cenário dos últimos anos, são a maioria: 51,8% do universo dos eleitores, antes 48,2% dos homens. A participação feminina entre os candidatos, porém continua muito baixa, sobretudo como agora, quando a eleição é para os preenchimentos de cargos estaduais e federais. Pelo visto elas preferem concentrar atuação política na esfera municipal. Falo que entre todos os dados trazidos a público pelo TSE, um em particular, chamou a atenção. É o que mostra a queda do número de eleitores com 16 e 17 anos de idade, para os quais o voto é facultativo, não uma obrigação, que atinge apenas as pessoas com mais de 18 anos. Em 2002, os votantes dessa faixa etária eram 2,21 milhões. Aumentaram para 3,61 milhões em 2004, porém, recuaram para 2,56 milhões em 2006. Após aquele ano, a Justiça Eleitoral começou a fazer campanha para estimular mais os jovens a tirarem o Titulo e, em 2008, eles chegaram a 2,92 milhões; só que, para esta eleição de 2010, registrou-se um novo declínio, 2,30 milhões de eleitores, ok? Concluo que a causa reflete um maior desinteresse dos brasileiros pela política, o que, por sua vez, deriva do nível medíocre da nossa vida pública, eivada de escândalos, negociatas, demagogia e outros vícios que tais. Como tudo isso, é amplamente exposto na mídia, a sociedade fica mais bem informada e diante dos fatos que vêem e das distorções que constatam, o desencanto dos jovens é inevitável. Essa desilusão se manifesta justamente na época em que eles estão formando seus juízos de valor acerca disto ou daquilo e esse julgamento, em não poucos casos, acaba valendo para a vida inteira. Uma significativa parcela da mocidade começa então a encarar a política como uma atividade eticamente reprovável, e vai concentrar sua atenção em outras coisas. Defino dizendo que a conseqüência, muito ruim para o país, e igualmente no plano dos estados e municípios, é que a renovação dos nossos quadros políticos não se dá com a intensidade desejável. Mas tendo necessariamente de acontecer ao longo do tempo, a perda de qualidade, salvo as exceções de praxe, é cada vez mais acentuada ok? Bom, minha reflexão é que uma situação, que não tem soluções fáceis. Digo que se trata da culminância de um processo degenerativo cuja reversão, um dia, demandará principalmente, amadurecimento político de todo o povo e mais conscientização a respeito dos legítimos valores éticos, ok? Defino dizendo que a educação é o caminho, sem dúvida, e só através dela é que no futuro alcançaremos uma realidade política melhor, que seja exemplo e motivo de atração para os nossos jovens. AS ELEIÇÕES ESTÃO CHEGANDO!!


Adalberto do E. S. Alves – professor e pedagogo – 05 de agosto de 2010.

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